sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Cresce procura por financiamento de veículos usados no país

Os brasileiros estão apostando mais em produtos de segunda mão, segundo pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Uma prova disso é o aumento da procura por financiamento de veículos usados no país.

Financiamento de veículos usados

De acordo com a pesquisa, os itens usados mais buscados nos últimos 12 meses são os livros (54%) e os automóveis (43%). Já era de se esperar: o aumento dos preços faz com que os consumidores optem por produtos mais baratos e ainda assim por meio do financiamento.

Uma pesquisa feita pela B3, empresa resultado da junção da BM&FBOVESPA e da Cetip, revela que os financiamentos de veículos no acumulado de 2018 cresceram 7,5% na comparação ao ano anterior.

Foram feitos 424.584 financiamentos de veículos, sendo que 163.339 eram de veículos novos e 261.245 de usados. O levantamento realizado mostra que em setembro de 2018 foram financiados 239.174 veículos usados autos leves (carros comuns); 11.172 motos usadas; e 10.260 veículos pesados usados (como caminhões e carretas).

Como funciona o financiamento

Comprar um veículo por meio do financiamento significa dividir a maior parte do valor do carro em parcelas durante alguns anos. É como se fosse um crédito no qual é necessário dar entrada de, no mínimo, 10% do valor total do automóvel e parcelar o restante.

O financiamento, apesar de ser uma dívida a longo prazo, é uma forma de evitar o endividamento. As parcelas costumam caber no bolso do consumidor, mas é importante tomar cuidado com as taxas de juros aplicadas sobre essas parcelas.

Diversos bancos oferecem o serviço de financiamento, assim como os bancos das próprias montadoras. O banco Bradesco possui taxa de juros menor que outras instituições financeiras: 1,47% ao mês e 19,10% ao ano.

Bancos como Santander, Itaú Unibanco e Banco do Brasil (BB) também oferecem o serviço. Empresas como a Fiat, Honda e Volkswagen também trabalham com o financiamento com taxas reduzidas (e às vezes até menores que as dos bancos).

Como fazer financiamento de veículos usados

Para fazer financiamento de veículos usados ou novos, o cliente deve solicitar uma análise de crédito ao banco. O gerente faz a pesquisa para descobrir se a pessoa tem ou não condições de arcar com mais uma parcela. Itens como salário, parcelas fixas (como aluguel, conta de luz e outras) e se está negativado são avaliados pelo profissional.

Após as respostas, o gerente faz uma simulação que se encaixe nas expectativas do cliente e apresenta a proposta junto ao valor de entrada. O prazo de financiamento costuma ser de 60 meses, mas algumas estendem até 72 (seis anos).

Alguns bancos não exigem a entrada, sendo possível financiar 100% do veículo. Nestes casos, atente-se aos juros e parcelas para que o orçamento mensal não seja comprometido integralmente com este gasto.

Para solicitar um financiamento na maioria das vezes é preciso apenas apresentar o RG, CPF e comprovante de renda. Se estiver com o “nome sujo” a sugestão é regularizar a situação com a empresa credora para, então, assumir uma nova dívida. A saúde financeira afeta diretamente na sua vida e precisa de cuidados para que não haja mais problemas no futuro.

Financiamento de veículos usados

Tipos de financiamento de veículos usados

Como já foi visto, o financiamento de veículos usados ou novos se difere de acordo com o tipo de banco (público ou privado). Ele é feito por meio do CDC, o Crédito Direto ao Consumidor, pelo Leasing ou por meio de um consórcio.

Lembrando que a forma de pagamento é sempre negociada de acordo com o salário do cliente, evitando o endividamento. Confira detalhes sobre os tipos de financiamento de veículos.

– CDC

O Crédito Direto ao Consumidor funciona assim: o cliente faz um empréstimo ao banco para comprar o veículo. O bem é regularizado no nome do comprador que, por sua vez, não pode vender o veículo ou fazer qualquer tipo de transação até que as parcelas do empréstimo sejam quitadas.

A principal vantagem dessa modalidade de financiamento é a facilidade de liberação do recurso e do bem. Após a aprovação de crédito, o cliente já pode comprar o veículo e sair com ele. Ao terminar de pagar a dívida com o banco, o consumidor tem a liberdade de fazer o que desejar com o automóvel.

A negociação pode ser feita diretamente com o banco, onde taxas e formas de pagamento podem ser revisadas.

– Leasing

A maior diferença em relação ao CDC está na documentação. Nesta modalidade o banco “aluga” o automóvel ao cliente e este paga o aluguel mensalmente. Ao terminar de pagar as prestações, o banco passa a documentação para o nome do comprador e este passa a ser o dono do carro.

O benefício é que as taxas de juros não sofrem alteração no decorrer das parcelas e, quando finalizadas, não existem mais taxas a serem pagas. Em casos de não pagamento, o banco tem o direito de recuperar o bem a partir de 30 dias.

– Consórcio

Queridinho dos brasileiros, o consórcio é a opção de financiamento que oferece a menor taxa de juros do mercado. É realizado por meio das cotas e funciona assim: todo mês é liberada uma carta de crédito para sorteio e outra para o maior lance.

Se a pessoa for sortuda, recebe rápido o direito de adquirir o veículo. Mas, no geral, o consórcio é indicado para quem não tem pressa porque pode demorar. Antes de fechar negócio, pesquise as credenciais da administradora no site do Banco Central e avalie as reclamações da empresa.

Apesar de não haver juros, no consórcio é cobrada uma taxa de administração, por isso é interessante ficar de olho em quem oferece o melhor custo benefício.

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