segunda-feira, 26 de novembro de 2018

O que muda com o acordo de livre-comércio entre Brasil e Chile?

O presidentes do Brasil e do Chile assinaram um novo acordo de livre-comércio. O objetivo é incrementar as transações entre os dois países. Ele visa ainda ampliar as negociações e elevar o volume de mercadorias e produtos.

O documento inclui 24 pontos não tarifados, como comércio de serviços, eletrônicos e medidas sanitárias e fitossanitárias, entre outros.

O comércio de frutas e legumes ganha um incentivo. A certificação de produtos orgânicos do Brasil, por exemplo, será reconhecida pelo Chile, e vice-versa. O acordo prevê também cooperação no combate à corrupção.

Outro ponto beneficia os chilenos aposentados no Brasil. Caso eles retornem ao seu país serão beneficiados com a desoneração de uma taxa de 25% cobrada para o envio do benefício ao Chile.

Brasil e Chile

Algumas áreas beneficiadas com o acordo entre Brasil e Chile

– Comércio de serviços;

– Comércio eletrônico;

– Telecomunicações;

– Medidas sanitárias e fitossanitárias;

– Obstáculos técnicos ao comércio;

– Facilitação de comércio;

– Propriedade intelectual;

– Micro, pequenas e médias empresas.

Roaming entre dois países vai acabar

Brasil e Chile

Os brasileiros que viajarem para o Chile poderão usar os chips de suas próprias operadoras. Portanto, não vão precisar ficar preocupados com as altas taxas de roaming internacional.

Consequentemente, fazer ligações e utilizar a internet no exterior deve ficar bem mais barato. A ideia da medida é facilitar a vida do turista que visita os dois países.

O Chile é um dos destinos preferidos dos brasileiros. Prova disso é que desde junho deste ano, 243.291 turistas brasileiros foram ao país.

Esse número representa 21,4% a mais do que no mesmo período do ano passado, segundo o Serviço Nacional de Turismo. No ano passado, 544.857 brasileiros visitaram o país.

Um acordo firmado entre 19 países das Américas pode trazer o fim dessas tarifas para quem viajar. O compromisso foi firmado pela Comissão Interamericana de Telecomunicações (Citel) na Carta de Buenos Aires.

O acordo estabelece medidas para reduzir a desigualdade digital nos países das Américas. O fim do roaming tem prioridade média e as tarifas devem ser revistas até 2022.

Os países que assinaram a declaração são:

– Argentina
– Brasil
– Bahamas
– Barbados
– Belize
– Canadá
– Colômbia
– Costa Rica
– Equador
– El Salvador
– Estados Unidos
– México
– Nicarágua
– Panamá
– Paraguai
– Peru
– República Dominicana
– Trinidade e Tobago
– Uruguai

Mercado chileno

O acordo faz com que o Brasil ganhe a possibilidade de aumentar ainda mais seus laços com seu segundo principal parceiro comercial na América do Sul. Em 2017, o intercâmbio comercial entre Brasil e Chile alcançou US$ 8,5 bilhões. Isso representa um incremento de 22% em relação ao ano anterior.

O Brasil é o maior parceiro comercial do Chile na América Latina e principal destino dos investimentos chilenos no exterior, com estoque de US$ 31 bilhões.

Os três principais produtos da pauta foram óleo bruto de petróleo (US$ 1,51 bilhão), carne bovina (US$ 279,4 milhões) e automóveis (US$ 262,2 milhões).

Em contrapartida, os produtos mais comprados por brasileiros foram catodos de cobre (US$ 957,6 milhões) e salmões do Pacífico (US$ 508,2 milhões), além dos minérios de cobre (US$ 499 milhões).

PIB do Chile cresce no 3º trimestre de 2018

O Produto Interno Bruto (PIB) do Chile teve crescimento de 2,8% no terceiro trimestre, na comparação com igual período do ano passado. O Banco Central do país anunciou que a produção em todos os setores cresceu, exceto na mineração.

No período, houve ainda um avanço de 4,6% na demanda interna. Ela foi puxada pelo consumo e investimentos.

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) projeta que a economia do Chile crescerá 3,9% em 2018. A organização diz que a alta será influenciada pela alta do preço do cobre no mercado internacional.

No entanto, a organização alerta para dois problemas. Segundo ela, o governo deve se preocupar com o crescente endividamento do setor privado. Além da dependência de fluxo para financiar o déficit das contas correntes do país.

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