Pegar empréstimo em uma fintech é seguro? A resposta é sim. Afinal, o Conselho Monetário Nacional (CMN) já aprovou a regulamentação da atividade das empresas de tecnologia de serviço financeiro de oferecem crédito.
Com a regulamentação, as startups que oferecem serviços de crédito e contas pela internet poderão agora atuar como Sociedade de Crédito Direto (SCD) ou como Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP).
Na prática, a mudança permite que as fintechs mantenham contas de pagamento e utilizem recursos próprios ao oferecer empréstimos a clientes.
Recentemente o BC autorizou a QI Tech a atuar como SCD. A aposta do Banco Central (BC) tem como objetivo provocar uma queda mais rápida dos juros bancários. Além de aumentar a concorrência no mercado de crédito.
O Nubank também já oferece o serviço de empréstimo pessoal. Para utilizar o serviço, basta baixar o aplicativo do Nubank, já que todo o processo de crédito será feito por lá.
A operação inclui taxas juros mensais de 2,1% a 5%, além de prazo máximo de financiamento em até 24 meses.
Entretanto, a influência das fintechs no mercado de créditos ainda é baixa. Segundo o BC, as empresas detêm somente 0,3% do estoque de empréstimos concedidos no país, que somava R$ 3,6 trilhões em fevereiro de 2018.
Além disso, apesar das possíveis facilidades, pegar empréstimo em uma fintech ainda é um tema desconhecido por uma parcela da população.
Dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) revelam que 54,8% dos empresários ligados à entidade não tinham ouvido falar dessa modalidade de serviços financeiros.
Instituições bancárias se sentem ameaçadas pelas Fintechs
As FinTechs surgiram como potencial de ameaça para 76% dos bancos. É o mostra uma pesquisa realizada pela PwC, chamada “Customers in the spotlight – How FinTech is reshaping banking”.
Isso acontece porque as FinTechs se diferenciam pelo atendimento ao consumidor. Elas oferecem meios não tradicionais de comunicação.
Além disso flexibilizam serviços normalmente oferecidos pelos bancos, como empréstimos e pagamentos.
A expectativa é que esse novo cenário leve a mudanças nos próximos cinco anos. Principalmente em relação aos bancos de varejo, os mais vulneráveis no novo panorama financeiro.
Ainda de acordo com o documento, cerca de 80% das FinTechs acreditam que oferecem serviços focados na relação com o consumidor. Enquanto 56% dos bancos acreditam entregar o mesmo.
A medida faz com instituições bancárias iniciem um movimento para se aliarem às FinTechs. Movimento já percebido em cerca de 42% dos bancos.
Vantagens de pegar empréstimo em uma fintech
Os maiores problemas de recorrer ao banco para conseguir crédito são as séries de documentos e garantias exigidas. Consequentemente, a maioria dos brasileiros não tem condições de atender aos requisitos exigidos. Afinal, o número de brasileiros com nome sujo chega a 63,1 milhões.
Em vista disso, pegar empréstimo em uma fintech é menos burocrático. Além de muita das vezes ser possível conseguir taxa de juros mais acessíveis. Já que muitas fintechs que atuam na modalidade SEP não funcionam como intermediárias de crédito.
Outro fator que reduz o custo do crédito, e por consequência a taxa de juros, é o fato de as fintechs atuarem de forma digital. Maneira que reduz drasticamente seus custos e permite que elas forneçam serviços eficientes a preços acessíveis.
Há fintechs que oferecem taxas de juros até 70% menores do que as de banco. Em média, os bancos cobram 8,11% de juros ao mês para um empréstimo. Já as empresas fintechs cobram apenas 1,90%.
Segundo dados do BC, ao fim de janeiro deste ano, as taxas médias de empréstimo pessoal sem garantia dos principais bancos privados brasileiros eram:
– BB – 3,91%;
– Itaú – 4,22%;
– Santander – 4,62%;
– Caixa – 4,70%;
– Bradesco – 5,75%.
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