A chegada de um novo ano estimula muitos brasileiros a guardar dinheiro. É o que mostra a pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Pelo segundo ano seguido, guardar dinheiro figura como a principal meta financeira do brasileiro para este ano (49%).
Além disso, 30% planejam fazer uma viagem, 28% pretendem comprar ou reformar a casa e 27% querem tirar as finanças do vermelho.
Para os que têm boas expectativas, as razões apontadas são:
- 60% – o sentimento de que as coisas podem melhorar apesar dos problemas;
- 48% – a confiança de que haverá uma recuperação econômica;
- 26% – a expectativa de que o governo irá fazer as reformas que o país precisa.
No entanto, caiu de 72% para 65% a percepção dos brasileiros que esperam uma melhora em sua vida financeira. Outros 21% acreditam que em 2020 sua situação deve ser igual e 7% pior.
A pesquisa mostra também que 78% dos consumidores fizeram cortes no orçamento em 2019. Principalmente em refeições fora de casa (46%).
Aparecem em seguida a compra de itens e vestuário, calçados e acessórios (44%), viagens (41%) e a ida ao cinema ou teatro (36%). Por fim, a saída a bares e casas noturnas (35%) e gastos com salão de beleza (34%).
Cartão de crédito é vilão do orçamento
A professora de Finanças da Fundação Getulio Vargas (FGV), Myrian Lund, afirma que os pequenos gastos e o cartão de crédito são os maiores vilões do orçamento. E, quase sempre, impedem o consumidor de conseguir realizar seus objetivos e guardar dinheiro.
“Os pequenos valores, como quando se toma um café ou se compra uma bala, são gastos invisíveis que fazem o dinheiro da carteira acabar”.
Myrian Lund
Em relação ao cartão de crédito, a planejadora aconselha que os consumidores evitem usar o cartão para gastos corriqueiros. Ela recomenda que o consumidor faça três perguntas a si mesmo antes de efetuar uma compra:
- Eu preciso?
- Eu tenho dinheiro?
- Precisa ser hoje?
De acordo com Myrian Lund, se disser não a alguma dessas perguntas, não compre. Afinal, esse controle é importante para que o consumidor não caia em armadilhas.
Portanto, para guardar dinheiro, a professora da FGV diz que o importante é criar objetivos para a vida. Segundo ela, perguntas que devem ser feitas são:
- O que a pessoa quer com o dinheiro?
- Quer viajar? Ou ter independência financeira?
Por fim, a especialista recomenda anotar em um papel e colocar uma data e o valor necessário para alcançar o objetivo de guardar dinheiro.
Myrian Lund recomenda deixar esse papel na carteira e, toda vez em que for comprar algo, pense no impacto que esse gasto vai ter. “Quando a gente tem objetivos, é mais fácil dizer não”, ressalta.
Gaste menos do que que ganha
Após identificar quanto ganha e quanto gasta, o consumidor deve ajustar as despesas para que fiquem abaixo das receitas. Isto é, do valor que ele recebe mensalmente.
As receitas podem incluir o salário, ganhos com aluguel, pensão ou qualquer outro tipo de remuneração.
O segundo passo para guardar dinheiro é pensar numa reestruturação de sua própria vida financeira, cortando gastos, caso seja necessário, e pensando em formar uma poupança.
Myrian Lund sugere ainda que o consumidor avalie primeiro as suas contas fixas, como telefonia, água e gás.
“A primeira conta a ser analisada é a de celular, porque as pessoas não costumam ligar para a operadora para refazer os planos, e acabam pagando por serviços que não usam. Depois pode pensar na TV a cabo, na conta de luz. Tem como trocar as lâmpadas? Usar menos o ar-condicionado? Coisas que não afetem a qualidade de vida e podem ser reduzidas”, explica.
Em seguida, o consumidor deve analisar os gastos extras, com lazer ou alimentação fora de casa, por exemplo.
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