quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

IPVA e IPTU são despesas que devem ser planejadas

Gastos com impostos anuais, como IPVA e IPTU chegam logo após o fim das festas. E vem sempre a pergunta: o que é melhor, quitar em cota única ou pagar as parcelas?

Os que quitarem o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em cota única terão desconto no valor total em muitas cidades do Brasil. Contudo, outra opção é dividir o imposto em dez prestações fixas.

Para quem tem carro, o Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA) também tem desconto no pagamento à vista em diversos estados. Porém, o valor só pode ser dividido em até três parcelas.

IPVA e IPTU
Ter um planejamento é de extrema importância para evitar desfalques no orçamento

Ainda assim, essas despesas viram desafios, especialmente para quem fez gastos extras nas férias e festas de fim de ano.

Segundo consultores, quem conseguiu entrar em 2020 com dinheiro em caixa, deve optar por IPVA e IPTU em cota única, com abatimento.

Qual é a recomendação dos especialistas?

Na avaliação dos especialistas, o cenário de juros baixos com uma inflação que deve acelerar um pouco este ano, favorece o pagamento em cota única.

No entanto, se o consumidor for mais organizado e quiser avaliar se o desconto no pagamento único do IPVA e IPTU é vantajoso em vez do parcelamento, ele deve fazer um cálculo mais criterioso.

O primeiro passo é avaliar se o desconto oferecido é maior do que o valor que esse dinheiro renderia caso estivesse em alguma aplicação financeira. Como a poupança, por exemplo, que rende 0,3% ao mês é isenta de taxas.

No caso do IPTU, considerando um parcelamento em 10 meses, o pagamento à vista será vantajoso se o desconto for superior a 1,5%.

No caso do IPVA, supondo um parcelamento em três vezes, para o pagamento ser realmente vantajoso, basta que o desconto supere os 0,5%.

Já quem não tem dinheiro guardado deve inevitavelmente pagar à prazo e iniciar um planejamento para quitar essas despesas sem passar por sufoco. Uma dica que vale para todos os consumidores.

A sugestão é que para os próximos anos, o consumidor faça uma programação automática. Portanto, vá separando todo mês um determinado valor para quitar os compromissos sazonais.

Vale aplicar o dinheiro para pagar os tributos?

A Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac) fez os cálculos. Com a Selic a 4,5% ao ano, a caderneta de poupança passou a render apenas 0,26% ao mês (3,15% ao ano, abaixo do atual patamar da inflação).

Desta forma, se o dinheiro for mantido nessa aplicação, o investidor perde poder de compra.

O professor de Finanças do Ibmec/RJ, Filipe Pires, explica que nos atuais patamares de Selic e inflação, a poupança acaba não oferecendo um ganho real para o investidor.

“Se possível, é aconselhável pagar os tributos em cota única. Além de o desconto ser atraente, o orçamento do restante do ano fica livre de um peso fixo”, aconselha Pires.

Fique atento também a outras cobranças

Atenção a armadilha dos descontos do pagamento à vista do IPVA e IPTU. É a dica do coordenador do MBA em Gestão Financeira da Fundação Getúlio Vargas, Ricardo Teixeira.

Ele ressalta que o começo do ano é uma época em que há novas despesas, como matriculas escolares, materiais, entre outros. Portanto, por isso, o investimento só deve ser feito se realmente for valer a pena.

“Se a pessoa optar pelo parcelamento, pagará um valor determinado no fim do ano. Em caso de antecipação, precisa ganhar um desconto. Se esse desconto for igual ou maior que o rendimento que ela receberá investindo numa aplicação conservadora, vale a pena adiantar o gasto e se livrar da conta”, explica Teixeira.

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