quarta-feira, 18 de março de 2020

Como profissionais liberais podem lidar com a crise do coronavírus?

A crise do coronavírus se tornou uma pandemia e tem afetado milhões de pessoas em todo o mundo. Dados de terça-feira, 17 de março, divulgados pela agência France Presse, mostram que o número de mortes já chega a 7.063.

E cerca de 180 mil pessoas contraíram a Covid-19 em 145 países e territórios. Mas o número pode ser ainda maior.

Acontece que muitos governos têm testado apenas pacientes que requerem hospitalização, como é o caso do Brasil. Diante da situação que requer medidas de distanciamento social, a vida de trabalhadores é diretamente afetada.

E para aqueles que não possuem carteira assinada, surge um desafio: como organizar as finanças diante de uma crise que não tem prazo para acabar?

+ Especialista analisa crise econômica pelo coronavírus

No Brasil, centenas de empresas dispensaram seus funcionários ou liberaram o trabalho remoto. Mas como ficam os trabalhadores liberais, autônomos e freelancers?

A questão financeira relacionada a esses profissionais tem sido muito debatida nas redes sociais. Algumas pessoas apelam para que o salário de domésticas, por exemplo, não deixe de ser pago enquanto elas estão de quarentena.

investimentos para profissionais liberais Mudança na regra da LCA
Profissionais devem adotar estratégias para lidar com a crise do coronavírus

Mas sabemos que contar com os outros não é uma opção para ter um bom planejamento financeiro. Neste momento, os profissionais autônomos precisam buscar inteligência financeira e informação para lidar com a situação sem ficar no vermelho.

Por isso FinanceOne listou algumas dicas para auxiliar esses profissionais a lidarem com a possível redução da renda nas próximas semanas.

Confira dicas para lidar com a crise do coronavírus

  • Buscar recursos tecnológicos para trabalhar a distância

Nem todo tipo de serviço pode ser prestado de forma remota. Ou seja, à distância. Como é o caso de empregadas domésticas.

Mas quem possui esse privilégio deve se valer dele. Psicólogos autônomos, por exemplo, podem realizar sessões por videoconferência.

Neste momento, é importante pensar em alternativas para continuar trabalhando e ganhando dinheiro, mesmo que seja em menor quantidade.

Os recursos tecnológicos disponíveis ajudam, possibilitando a prestação de serviços online.

  • Reduzir despesas ao máximo

Puxar as rédeas do orçamento familiar também é importante. Não é hora de gastar sem pensar. Como ainda não sabemos quando a crise do coronavírus vai ser controlada, precisamos pensar no dia de amanhã.

Então reduza as despesas. Como? Algumas atitudes podem ajudar:

1. optar pelas marcas mais baratas ao fazer compras;
2. cortar supérfluos do orçamento;
3. reduzir consumo de água e luz, utilizando esses recursos com responsabilidade;
4. dividindo gastos quando possível; etc.

  • Evitar comprar no cartão com fatura para o mês seguinte

Mesmo se você utiliza o cartão de crédito para acumular pontos, talvez seja o momento de repensar a utilização dessa ferramenta.

Afinal de contas, você não sabe o quanto de dinheiro vai entrar no mês seguinte (ou mesmo se vai entrar algum). Então evite deixar contas pendentes.

Não conte com um dinheiro que ainda não recebeu, a menos que seja de extrema necessidade e se não houver outra alternativa.

  • Escolher bem os investimentos

Os investimentos são essenciais para garantir uma passagem por essa crise de forma mais tranquila. O ideal seria que todos tivessem uma reserva de emergência, sobre a qual vamos falar mais a seguir.

Mas infelizmente essa não é a realidade. Por isso guardar dinheiro nunca foi tão importante. Se agora está difícil, a situação pode se tornar ainda mais preocupante se você não se precaver.

E a melhor forma é escolhendo bons investimentos. No entanto, evite aplicações arriscadas. Opte pelos mais rentáveis e conservadores.

Observe também os prazos, considerando por quanto tempo pretende manter a aplicação e em que momento poderá utilizá-la.

Profissionais com reserva de emergência têm mais uma carta na manga

A reserva de emergência é, sem dúvidas, a melhor ferramenta para os profissionais liberais neste momento. Ou seja, um montante de dinheiro investido que cobre, pelo menos, seis meses de gasto da pessoa.

Como orientam todos os especialistas em finanças, construir essa reserva é o primeiro passo de qualquer planejamento financeiro. Se você ainda não começou a sua, já passou da hora.

+ Como montar uma reserva de emergência sendo freelancer?

A crise do coronavírus e a situação pela qual diversos trabalhadores estão passando, sem seus salários, mostra a importância deste montante. Afinal, é um senso comum que qualquer um está sujeito a imprevistos.

Infelizmente, ainda é comum entre brasileiros recorrer aos bancos nesses momentos emergenciais e pegar empréstimos, que depois se tornam dívidas enormes.

reserva financeira
Montar uma reserva de emergência é essencial para passar pela crise sem preocupação

E é exatamente por isso que os bancos brasileiros estão entre os mais rentáveis do mundo. Mas essa ajuda vem acompanhada de altas taxas de juros.

Recorrer ao cartão de crédito, cheque especial ou empréstimos consignados pode deixar você em dívida por muito tempo.

Por isso, fuja dessas situações! Se ainda tem a possibilidade de construir uma reserva de emergência, comece assim que possível. E não negligencie os seus próprios limites financeiros.

Casos de coronavírus confirmados no Brasil sobem para 291

Segundo informações divulgadas pela Agência Brasil na tarde de terça-feira, 17, após registrar a primeira morte pelo novo coronavírus, a atualização do Ministério da Saúde contabilizou 291 casos.

Na segunda-feira, 16, eram apenas 234. Mas a maior diferença se deu nos casos suspeitos, que pularam de 2.064 para 8.819, quase quatro vezes.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, confirmou a primeira morte por Covid-19 em São Paulo.

“Em quase 300 casos tivemos o primeiro óbito. Não podemos falar isso porque podemos ter seis óbitos amanhã. Não temos condição de falar a letalidade. Brasil é um país jovem, vamos ver como isso funciona.”

A avaliação apresentada pelo ministério é que a situação deve piorar nos próximos meses, com aumento dos casos. Mesmo se adotadas as medidas e recomendações, a situação só deve resultar em um alívio do quadro no segundo semestre.

Os representantes do ministério afirmaram que estão dialogando com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e com laboratórios privados para ampliar a oferta de testes para diagnosticar o coronavírus.

A Fiocruz teria se comprometido a entregar mais 45 mil desses exames entre março e abril, e até 1 milhão até os próximos quatro meses. Mas nos locais com transmissão comunitária, ainda serão testados apenas pacientes internados.

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