O empreendedorismo social é uma nova tendência. Ele busca resolver problemas sociais e é caracterizado pela criação de produtos e serviços.
Muitos têm foco principal na resolução ou minimização de problemas em áreas como educação. Além da violência, saúde, alimentação e meio ambiente.
Para ser um empreendedor social, você deve gerar valor para a sociedade em primeiro lugar. É dessa forma que você vai atrair seu público, parceiros e oportunidades.
Se passa pela sua cabeça que esse tipo de negócio é menos estruturado, você se enganou. Quem deseja empreender socialmente também vai precisar de um plano de negócios, plano de marketing, proposta de valor e estrutura de custos.
Quer saber mais sobre o empreendedorismo social? Continua a leitura deste texto!
O que o Empreendedorismo Social procura?
1. Colaboração com as comunidades locais
Os empreendedores sociais investem em parcerias com os governos das comunidades locais, empresas e instituições de caridade. Por meio dessas iniciativas, eles focam em questões como saúde pública, agricultura e educação pública.
2. Solução de problemas em larga escala
Os empreendedores sociais procuram identificar quais são os principais problemas existentes na sociedade, a fim de propor alternativas para solucioná-los, promovendo uma série de mudanças.
3. Valores sociais acima de qualquer tipo de lucro
Diferentemente da maioria dos empresários convencionais, a nova geração do empreendedorismo social valoriza as mudanças em prol do benefício da sociedade acima de qualquer fim lucrativo.
4. Soluções em longo prazo
O trabalho do empreendedorismo social é voltado para efeitos com nível de excelência, que provoquem mudanças em longo prazo.
Quando o seu plano de negócios estiver pronto, chegou a hora de colocar a mão na massa. Você pode começar por conta própria, com uma estrutura mínima viável. Ou buscar investimentos com empresas fomentadoras de negócios sociais.
E como fica o lucro?
Ao contrário de uma organização não governamental (ONG) ou de uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip), os representantes do empreendedorismo social visam ao lucro.
Sua intenção é se autossustentar a partir da comercialização do seu produto ou serviço em primeiro lugar, e não ter como fonte de renda doações e patrocínios.
Em 2017, o 1º Mapa Brasileiro de Negócios de Impacto Socioambiental lançado pela Pipe, listou 579 empreendimentos que atuam nas áreas de educação, tecnologias verdes, cidadania, cidades, saúde e finanças.
A pesquisa indicou que em 2016:
– 35% não tiveram faturamento;
– 31% obtiveram lucro de até R$100 mil;
– 13% entre R$ 101 mil e R$ 500 mil;
– 6% entre R$ 501 mil e R$1 milhão;
– 5% entre R$ 1,1 milhão e R$ 2 milhões;
– 7% acima de R$ 2,1 milhões;
– 3% não sabem ou não responderam.
Apoio nacional e global
Há diversos fundos de investimento — tanto no Brasil quanto no exterior — voltados para o empreendedorismo social. Portanto, aqueles que seguirem por esse caminho não sentirão falta de pessoas para apresentarem suas ideias.
Aqui no Brasil, a Artemisia é pioneira e uma das grandes referentes entre as empresas que fomentam negócios com enfoque social, com dezenas de parceiros.
Quanto mais organizado e preparado estiver o empreendedor, maior será a probabilidade de obter melhores condições. Ao negociar deve-se:
1 – Definir todos os objetivos;
2 – Identificar possíveis parcerias;
3 – Estabelecer regras claras e com benefícios mútuos;
4 – Associar-se a empresas que pensam como você;
5 – Avaliar todos os cenários possíveis;
6 – Apostar em uma comunicação eficiente;
7 – Avaliar periodicamente o retorno obtido;
8 – Renovar sua lista de parceiros.
Maneiras de financiar projetos
Conheça algumas formar de financiamento de projetos de empreendedorismo social são:
1 – editais;
2 – parceria com empresas e poder público;
3 – crowdfunding;
4 – desafios como os promovidos pelo Changemakers da Ashoka;
5 – pagamento de pequenas contribuições pelos beneficiários, no caso de produtos.
No entanto, aqui é preciso lembrar que as redes de colaboração têm funcionado muito no que se refere a levantar recursos.
Vale identificar todas as redes e grupos que também estejam trabalhando naquela área. Quando falamos de impacto social, colaboração é mais efetivo do que competição!
Exemplos de empreendedorismo social no Brasil
Graacc – Desde 1991, essa iniciativa do oncologista pediátrico Antonio Sergio Petrilli tem sido uma forte aliada do combate ao câncer infantil no Brasil.
A entidade já tratou milhares pacientes, com uma taxa de cura que fica em torno de 70%. A organização funciona com base em um rigoroso sistema de gestão e atendimento que envolve pesquisadores de universidades, a iniciativa privada e a sociedade.
Instituto Chapada – Iniciativa que tem como mentora e principal líder a pedagoga Cybele Oliveira. É uma organização focada em ajudar a melhorar a qualidade da educação pública.
A entidade faz isso oferecendo, principalmente, apoio à formação continuada de professores e gestores de escolas. Além disso, auxilia a criação de redes colaborativas voltada a fortalecer o ensino formal e políticas púbicas de educação.
Gerando Falcões – Iniciativa de Eduardo Lyra, jovem nascido na periferia de São Paulo, que resolveu se dedicar a melhorar a vida de crianças que passam pelas mesmas dificuldades que enfrentou na infância. Cerca de 30 mil estudantes têm sido impactados pelas ações do projeto.
Ele tem como meta central promover o protagonismo dos jovens e fortalecê-los enquanto motores da transformação da sociedade.
Impacto em todas as áreas
Geekie – Oferece aprendizado adaptativo para todos. Foi com essa missão que nasceu, em 2011 a Geekie, organização que desenvolve plataformas de ensino a partir de tecnologias inovadoras.
Assim garantindo as ferramentas necessárias a cada aluno para que desenvolvam seu potencial. Seus idealizadores, Cláudio Sassaki e Eduardo Bontempo, foram Premiados em 2013 pelo Prêmio Folha de Empreendedores Sociais.
Geo Energética – Empresa brasileira que desenvolveu uma fonte de energia inovadora e sustentável. É um biogás obtido a partir de um processo biotecnológico, com reaproveitamento de resíduos da produção de açúcar e álcool.
Criada após 10 anos, a proposta social é que sua tecnologia limpa é vendida no mercado e está integrada à rede do Operador Nacional do Sistema (ONS).
Terra Nova – Um problema social comum no Brasil: ocupações irregulares de terrenos em grandes cidades. A Terra Nova é uma empresa que atua na mediação de conflitos no que eles chamam de regularização fundiária sustentável.
Na prática, desde 2001, atua junto a famílias carentes no acesso ao título de propriedade dos locais onde se estabeleceram.
São muitos os exemplos no Brasil e no mundo de empresas com o foco no empreendedorismo social. Os grandes diferenciais dos empreendedores sociais são a sua motivação e capacidade de inspirar mudanças.
Em geral, esse tipo de iniciativa surge de experiências pessoais de gente que, após se deparar ou vivenciar determinado desafio, se motiva para ajudar o próximo a superar problemas semelhantes.
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