terça-feira, 19 de novembro de 2019

Mais de metade das capitais gera empregos com carteira assinada

Uma pesquisa demonstrou que mais da metade das capitais brasileiras têm saldo positivo na geração de empregos com carteira assinada. De janeiro até agosto, 14 delas criaram mais postos de trabalho formal.

Em contrapartida, 13 capitais fecharam vagas. O levantamento foi feito pela consultoria Tendências, a pedido do jornal O GLOBO, considerando os primeiros oito meses do ano.

O local com maior número de vagas formais criadas foi São Paulo, onde o aumento registrado foi de 58.889 postos. Seguido por Belo Horizonte e Curitiba, com 17.85 e 16.793 postos, respectivamente.

Empregos com carteira assinada aumentam em 14 capitais
Empregos com carteira assinada aumentam em 14 capitais brasileiras

Apesar do saldo positivo em 14 capitais, somente quatro delas tiveram um crescimento acima de 10 mil vagas. O menor deles em Porto Velho-RO, com apenas 55 postos criados.

Confira as capitais com saldo positivo na geração de empregos com carteira assinada:

São Paulo-SP – 58.889;
Belo Horizonte-MG – 17.085;
Curitiba-PR – 16.793;
Brasília-DF – 13.389;
Manaus-AM – 8.558;
São Luiz-MA – 4.822;
Goiânia-GO – 3.701;
Vitória-ES – 2.908;
Campo Grande-MS – 2.750;
Cuiabá-MT – 1.617;
Palmas-TO – 771;
Boa Vista-RR – 232;
Rio Branco-AC – 159;
Porto Velho-RO – 55.

Rio tem menor índice na geração de empregos formais

Com base na pesquisa da Tendências, entre as outras 13 capitais onde não houve geração de empregos formais, a situação parece mais crítica no Rio de Janeiro. Lá, o saldo negativo é de 8.072 postos fechados.

Fortaleza, no Ceará, e Teresina, no Piauí, também têm saldo negativo, com 4.139 e 3.884 perdas, respectivamente. A maior parte das capitais nesta situação é da Região Nordeste.

Veja as capitais com saldo negativo na geração de empregos com carteira assinada:

Rio de Janeiro-RJ – 8.072;
Fortaleza-CE – 4.139;
Teresina-PI – 3.884;
Porto Alegre-RS – 2.385;
Belém-PA – 2.010;
Maceió-AL – 1.725;
João Pessoa-PB – 1.425;
Florianópolis-SC – 1.174;
Salvador-BA – 1.163;
Natal-RN – 941;
Aracaju-SE – 847;
Macapá-AP – 380;
Recife-PE – 290

Os números do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul podem ser explicados, em parte, pela grave crise fiscal que os estados enfrentam. No primeiro, especialistas apontam também o encarecimento dos imóveis comerciais.

Para o economista e pesquisador da consultoria IDados Bruno Ottoni, a situação do Rio poderá melhorar com o crescimento do país previsto para 2020.

Porém, isso depende do controle das contas públicas e do recebimento de royalties do petróleo, disse em entrevista ao O Globo.

“Caso o Rio saia do Regime de Recuperação Fiscal ou perca royalties do petróleo, a situação financeira da região pode ficar complicada e, como consequência, a geração de empregos formais pode não ser retomada”.

Rio tem situação mais crítica no comércio

A crise financeira afeta quase todos os setores da economia. No entanto, na capital carioca, indústria, construção civil, agricultura e comércio registraram saldo negativo na geração de empregos formais entre janeiro e agosto.

A situação é mais crítica no comércio. Nesse período, 8.645 empregos com carteira assinada foram fechados no setor. O segundo com mais perdas foi a indústria: 2.031 empregos encerrados.

O fim de ano é propício à criação de vagas no comércio, por causa das festas. Mas o economista e professor da FGV Mauro Rochlin ressalta que uma melhora nos indicadores depende de sinais mais fortes e consistentes da economia.

“Para que o comércio volte a contratar de forma constante, é preciso melhorar o acesso ao crédito para os consumidores. Além disso, é necessário que empresários e consumidores tenham sinais mais concretos de uma melhora da economia para que, assim, as empresas façam investimentos e as famílias voltem a consumir mais”.

O único setor que teve resultado positivo na pesquisa foi o de serviços, com a geração de 2.774 empregos com carteira assinada. Porém, a construção civil teve saldo negativo de 42 vagas e a agricultura, de 128.

Com uma recuperação econômica, o primeiro setor a responder deverá ser o de serviços. De acordo com Rayne Santos, economista da Tendências, ele é muito influenciado pelo consumo, embora este já não seja tão forte.

Em contrapartida, a construção civil poderá demorar mais a sentir os efeitos positivos de uma melhora no cenário econômico.

“A construção civil demanda um ambiente com sinais mais concretos de retomada da atividade econômica e de menos incertezas. Por isso, ainda leva um pouco mais de tempo para que os números sejam positivos”.

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