Os Fundos Imobiliários (FII) são investimentos destinados à aplicação em empreendimentos imobiliários. Como o nome já diz, esses fundos são especializados em imóveis.
Logo, eles se constituem, basicamente, pela aquisição de determinada cota de edifícios comerciais e de outros estabelecimentos.
Não sabia que existia essa possibilidade? Muitas pessoas não sabem que o investimento indireto nesse mercado anda conquistando números impressionantes.
Além de ser uma forma mais fácil e barata de investir seu capital no mercado imobiliário, os FIIs movimentam cada vez mais dinheiro. Essa aplicação apresenta riscos assim como o mercado financeiro e as empresas em geral.
Os FIIs estão sujeitos aos riscos de mercado. Como por exemplo, os riscos de natureza política, econômica e financeira, incluindo variações nas taxas de juros e a desvalorização cambial.
No entanto, alguns indicadores atuais podem reforçar esse cenário positivo, como:
- A queda da Taxa Selic, taxa básica de juros da economia;
- O aumento no Índice de Confiança do Consumidor;
- O baixo preço do metro quadrado dos imóveis.
Hoje, existem pouco mais de 500 fundos de operação no Brasil, sendo 40% deles são negociados na Bolsa de São Paulo, a B3.
Como são os investimentos?
Os fundos imobiliários são um tipo de investimento de renda variável.
Ao aplicar nesta categoria, os investidores fazem um aporte em imóveis já existentes ou em construção comprando uma cota e tendo assim direito a rendimentos oriundos desses ativos.
Além disso, é possível investir em dívidas emitidas para financiar a construção ou a aquisição de outros imóveis.
Fundos Imobiliários: quais os tipos?
Agora que você já sabe o que é um Fundo Imobiliário, saiba que neste ano, após um breve período de crise, as projeções apontam sinais de retomada no setor. Então, este pode ser um bom momento para entrar neste mercado.
Ao investir no setor imobiliário por meio destes papéis, você adquire pequenas partes de imóveis. Pode, por exemplo, ser dono de uma parte de um grande shopping.
Basicamente, eles podem ser classificados em dois tipos:
– Fundos de tijolo: estes são fundos que possuem imóveis físicos como, shoppings centers, edifícios empresariais e hotéis.
– Fundos de papel: o patrimônio é composto por aplicações financeiras do setor imobiliário, por exemplo, LCI, LCA, CRI e CRA.
Vantagens de investir em Fundos Imobiliários
Antes de investir o seu dinheiro em Fundos Imobiliários, você precisa saber as vantagens desse tipo de investimento. Confira:
Liquidez – Os Fundos Imobiliários têm liquidez maior que um imóvel.
Com eles, você tem a liberdade de vender as suas cotas a qualquer momento. No caso de um imóvel físico, você pode levar mais tempo para concluir a venda.
Facilidade – Comprar e vender uma cota de Fundo Imobiliário é muito mais fácil do que um imóvel.
Basta acessar o site da corretora. Já um imóvel depende de anúncios, corretores, além de um trâmite burocrático enorme.
Isenção de Imposto de Renda – Ao contrário dos aluguéis recebidos de propriedade direta, a renda recebida dos Fundos Imobiliários é isenta de Imposto de Renda para pessoas físicas.
Rentabilidade – A rentabilidade dos Fundos Imobiliários costuma ser maior do que para um imóvel físico. Em geral, o patrimônio é composto por empreendimentos utilizados por empresas reconhecidas e shoppings de grandes cidades.
Por isso, o potencial de valorização é alto. Além disso, há o recebimento dos aluguéis mensais. No imóvel, se o inquilino sair, você não terá retornos no período.
Custos de compra e venda – Nos FIIs, os custos são basicamente de corretagem, cobrados pela corretora.
Os imóveis têm a comissão da imobiliária, que gira em torno de 6% do valor do bem. E também há os gastos com cartório e tributos.
E como investir nesses fundos?
Agora que você já sabe como ganhar dinheiro e conhece os benefícios e possibilidades de rendimentos dos Fundos de Investimentos Imobiliários, é hora de começar a investir.
Veja o passo a passo:
Contrate uma corretora de valores: a negociação das contas dos FIIs acontecem somente na Bolsa de Valores. Para ter acesso é melhor você contratar uma corretora.
Escolha um fundo: analise os imóveis que fazem parte da carteira, principalmente o seu histórico de rentabilidade.
A equação ideal para isso é dividir o valor dos aluguéis pelo valor das cotas. Se o rendimento for superior aos investimentos de renda fixa, é porque vale a pena.
Encaminhe a ordem para compra: no seu Home Broker (plataforma de operações oferecida pela corretora), você preenche informações sobre o código do fundo, a quantidade de cotas que deseja comprar e o preço que está disposto a pagar por cada uma.
A transação é fechada quando alguém se interessa pelo seu lance e resolve vender suas cotas.
Os rendimentos dos FIIs são obtidos por meio de:
- Aluguel;
- Venda dos imóveis;
- Arrendamento;
- Lucros obtidos com aplicações em ativos e títulos.
Diversifique sua carteira
Saiba que existem gestoras de FIIs que já são conhecidas no mercado por seu bom desempenho e esse é o primeiro ponto a analisar antes de escolher onde aplicar seu dinheiro.
É importante também examinar o histórico do gestor e se o método de administração utilizado está alinhado aos seus interesses.
Além disso, como qualquer investimento, o ideal é diversificar. No entanto, dentro de sua carteira de fundos imobiliários, é necessário procurar diferentes aplicações para investir.
Quanto a isso, uma boa sugestão é variar um pouco a sua carteira de investimentos, de maneira a colher o máximo de rendimentos possíveis de cada ação.
FIIs terão maiores rendimentos em 2020
As emissões de fundos imobiliários somaram R$ 13 bilhões em 2019. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima).
Ainda falando de 2019, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix), teve em média uma alta de cerca de 30% das cotas negociadas na B3.
Outra boa notícia para o setor é que o Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil deve ter crescido 2% em 2019. E, neste ano, vai avançar 3%, segundo estimativas do Sinduscon-SP em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A alta do setor deve-se a novos projetos que estão saindo do papel em um cenário de queda da taxa de juros e inflação sob controle.
Portanto, para 2020, a expectativa é de “grandes ofertas” no primeiro semestre e de um crescimento ainda maior.
Estuda da FGV analisa o setor
Um estudo da FGV aponta que o país demandará a construção de 14 milhões de novas moradias até 2025. Ou seja, provocando um ritmo acelerado para o mercado imobiliário nos próximos cinco anos.
O levantamento mostra que biênio que corresponde a 2020 e 2021 é o período ideal para investir no mercado imobiliário.
Afinal, a moeda brasileira segue desvalorizada. O que reduz o valor de casas e apartamentos.
Depois disso, com a alta da demanda por novas moradias, os valores devem subir e com eles, o lucro na hora de negociar esses imóveis novamente.
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