Você já leu ou assistiu matérias jornalísticas sobre golpes com criptomoedas? Infelizmente, esse tipo de caso tem se tornado cada vez mais constate.
Em seu último relatório de combate à lavagem de dinheiro com criptomoedas, a CypherTrace informou que já foram roubados cerca de US$ 1,4 bilhão desde o começo do ano.
Para efeito de comparação, em 2019, esses tipos de crimes acumularam uma perda total de US$ 4,5 bilhões ao longo do ano.
Desse montante, US$ 370,7 milhões foram subtraídos em roubos e hacks em exchanges e US$ 4,1 bilhões em perdas por fraude e apropriação indébita de fundos.
“Percebemos um aumento significativo de pessoas mal-intencionadas que tentam enganar vítimas inocentes ou lesar seus usuários. Ataques de dentro das organizações levam a saídas significativas, com grandes consequências para o ecossistema criptográfico”, comentou o CEO da CipherTrace, Dave Jevans.
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PC SP prende suspeito de aplicar golpes com criptomoedas
A Polícia Civil de São Paulo prendeu um homem, em Araçatuba, no interior do estado, suspeito de aplicar golpes com criptomoeda. O homem era um empresário, dono de uma loja de calçados e de uma empresa que supostamente operava com moedas virtuais.
De acordo com as investigações da Polícia, Valter de Paula Petenati oferecia serviços para idosos, principalmente, para ajudar em aberturas de contas bancárias. Assim, o acusado conseguia acesso às informações dos idosos e as utilizava para realizar a abertura de contas em bancos digitais.
Após criar contas e pedir limites de crédito, que normalmente eram aprovadas, Valter transferia os valores para sua conta. Seu CPF foi detectado como suspeito por um banco, que teria ligado o alerta para Valter e bloqueado seu documento.
Ao ter documento bloqueado, entretanto, o possível golpista passou a criar contas em nome da esposa. Contudo, o CPF da esposa também foi bloqueado após uma série de transações suspeitas.
Nesse ponto, o homem criou contas para suas duas filhas, menores de idade, para continuar a dar golpes, que teriam chegado em até R$ 1 milhão. Em apenas um dos bancos, Valter teria dado um golpe de R$ 500 mil utilizando a técnica de mineração de cadastros.
Cuidado: 7 golpes com criptomoedas
1 – Carteiras falsas
Esses softwares podem estar dentro de lojas oficiais de apps como Play Store e App Store. Prometem armazenar as economias do usuário com segurança, porém, ao realizar o depósito, o dinheiro é transferido para a conta dos hackers.
Ou seja, a recomendação é procurar por carteiras com boas referências na internet e sempre desconfiar de aplicativos recém-lançados.
2 – Exchange falsas
A criação de exchanges falsas também é uma prática comum de fraude no criptomercado.
Os sites podem até parecer confiáveis e profissionais, mas, ao fazer qualquer operação de compra e venda, o dinheiro cai na conta dos criminosos.
Por isso, também é necessário investir em corretoras de criptomoedas de confiança.
3 – Pirâmides e esquemas Ponzi
Um dos golpes com criptomoedas mais comuns. Geralmente, os hackers desse esquema criam uma “nova criptomoeda revolucionária”.
O objetivo é para atrair os iniciantes que querem investir em alguma moeda desde o seu surgimento, esperando uma repentina valorização, como a do Bitcoin.
Os criminosos lançam um site para essa moeda fictícia e recrutam pessoas para dentro dessa “empresa”. Essas vítimas precisam convocar mais pessoas para lucrar e assim por diante, mas acabam se envolvendo em projetos que nem sequer existem.
Para entrar na empresa, é necessário pagar uma pequena taxa ou simplesmente fornecer seus dados pessoais. É assim que quem está no topo da pirâmide consegue lucrar, com o investimento desses iniciantes.
É recomendado que os usuários verifiquem se essa nova moeda está cadastrada em sites conhecidos de capitalização e verificar a documentação técnica (whitepaper) desse projeto.
4 – Mineração em nuvem
As empresas, nesses casos, podem até parecer confiáveis, pois estão de fato entregando parte do que é minerado. Porém, o problema está nos sites que têm planos de mineração mais rápida.
Esses planos contam com um esquema de pirâmide, onde os usuários que pagavam por essa velocidade a mais só recebiam o investimento de volta quando novos usuários adquiram o mesmo plano. Na verdade, nenhuma criptomoeda era de fato minerada.
Para identificar e se prevenir desse golpe, o usuário deve se atentar as propostas que todos esses esquemas têm em comum:
– planos que oferecem bônus para trocar por velocidade de mineração,
– dar gratuitamente velocidade de mineração,
– fornecer uma velocidade que não coincide com o grau de dificuldade de mineração daquela criptomoeda.
5 – Clube de investimento
Esse é outro golpe que visa atingir iniciantes no criptomercado. O usuário só precisa se cadastrar nesse clube de investimento, escolher um dos planos e realizar o depósito do dinheiro.
A aplicação fica sob responsabilidade de especialistas que, teoricamente, dividirão os lucros em um período indeterminado, mas isso não acontece. O recomendado nesse caso é não confiar em intermediários para a gestão e aplicação das criptomoedas.
6 – ICOs falsas
ICOs (Initial Coin Offering) são ofertas iniciais de moedas, antes do próprio lançamento. Entusiastas pagam por prévias dessa nova moeda digital através de dinheiro, acreditando que valerão o investimento.
Muitas vezes, são criados relatórios e cronogramas do lançamento para dar mais credibilidade ao projeto. Em casos de fraude, os investidores compram os tokens e os criminosos somem, levando todo o dinheiro.
Para se prevenir contra esses roubos, é necessário pesquisar e avaliar esses lançamentos.
Além de analisar se a proposta se adequa a realidade do mercado que está inserida, se atende alguma demanda desse setor, se a equipe envolvida no projeto é conhecida no ramo de ICO, etc.
7 – Phishing
Essa técnica de fraude pode vir, por exemplo, sob a forma de um e-mail aparentemente enviado pela empresa que desenvolve sua wallet, pedindo que o usuário confirme sua senha.
Para os hackers, é muito fácil clonar uma página de login para conseguir credenciais alheias.
Quando o usuário fornece, por conta própria, seus dados sigilosos, permite que os hackers tenham acesso livre às suas criptomoedas.
Para evitar esse roubo, a recomendação é que os usuários não forneçam seus dados e entrem em contato com a empresa de sua carteira para averiguar o caso.
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