Você achou que com a queda da Selic, os investimentos na poupança iriam cair? Pelo contrário, pelo sétimo mês seguido, a aplicação bateu recorde de captação.
Em setembro, a captação líquida – depósitos menos retiradas – somou R$ 8,54 bilhões. A informação é do Banco Central.
O resultado é o melhor para meses de setembro desde o início da série histórica, em 1995.
No acumulado do ano, os investimentos na poupança continuam registrando desempenho positivo.
De janeiro a setembro, a caderneta teve captação líquida de R$ 25,5 bilhões. Esse foi o melhor resultado para o período desde 2013.
Ano em que a aplicação tinha registrado captações líquidas de R$ 48,95 bilhões nos nove primeiros meses do ano.
A explicação é simples. O investimento garantiu novamente rendimentos um pouco acima da inflação.
Nos 12 meses terminados em setembro, a poupança rendeu 4,5%. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que funciona como uma prévia da inflação oficial, acumulou 4,28% no mesmo período.
Rentabilidade fica mais atrativa
Com a redução da taxa Selic para 5,5% ao ano, a caderneta de poupança voltou a ser a “queridinha” dos brasileiros. Afinal, ela ficou mais atrativa em comparação com investimentos chamados conservadores.
Isso porque a poupança pode resultar em saldo final maior que alguns investimentos de renda fixa.
O motivo é simples: investimentos na poupança não possuem cobrança de imposto de renda (IR) e taxa de administração.
No entanto, estamos nos direcionando para uma realidade na renda fixa, com a taxa básica de juros (Selic), com os menores níveis da história.
Enquanto isso, alguns países enfrentam taxas de juros negativas há alguns anos, como o Japão.
Quem aplicou dinheiro na poupança há alguns anos, entretanto, tem à sua disposição um dos mais atrativos investimentos do momento.
Os rendimentos são superiores ao da NuConta, e maior que qualquer outro investimento em renda fixa.
Somente nos últimos doze meses, a caderneta de poupança antiga rendeu 6,17% livre de tributos.
Histórico de investimentos na poupança
Até 2014, os brasileiros depositavam mais do que retiravam da poupança. Naquele ano, as captações líquidas chegaram a R$ 24 bilhões.
Com o início da recessão econômica, em 2015, os investidores passaram a retirar dinheiro da caderneta para cobrirem as dívidas.
Na ocasião, o cenário era de queda da renda e de aumento de desemprego.
Em 2015, R$ 53,57 bilhões foram sacados da poupança, a maior retirada líquida da história.
Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões. Contudo, a tendência inverteu-se em 2017, quando as captações excederam as retiradas em R$ 17,12 bilhões.
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