Quase metade (49,4%) dos brasileiros recorreram a alguma modalidade de crédito em agosto deste ano. O resultado representa alta de 7,7 pontos porcentuais em comparação com o mesmo período do ano passado (41,7%)
É o que aponta o Indicador de Uso de Crédito. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Entre as modalidades, o cartão de crédito foi citado por 44% dos entrevistados, continuando a ser a forma mais usada.
Em seguida, vêm o crediário (11%), o empréstimo (8%), o cheque (7%) e os financiamentos (5%).
Dos consumidores ouvidos, 14% tiveram crédito negado em agosto (ante 17,6% do mesmo mês de 2018). A motivação foi por estarem com nome nos cadastro de devedores (4%) ou por falta de comprovação de renda (3%).
Outros 3% não foram informados sobre o motivo da recusa ou não souberam declarar a causa. Na ocasião, a taxa Selic estava em 5,5% ao ano.
Mesmo em constate queda, a percepção de 38% dos entrevistados é a de que os juros aumentaram nos empréstimos, financiamentos e cartões de crédito nos últimos três meses.
Brasileiros cada vez mais endividados
A alta pela procura de crédito explica-se pelo percentual de famílias endividadas no Brasil. Em outubro deste ano, ficou em 64,7%, taxa inferior aos 65,1% de setembro.
No entanto, na comparação com outubro de 2018, o endividamento está em um patamar mais alto. Naquela ocasião, o percentual era 60,7%. O percentual de inadimplentes.
A inadimplência atingiu 24,9% em outubro deste ano. Acima dos 24,5% do mês anterior e dos 23,5% de outubro de 2018.
Já as famílias que não terão condições de pagar suas contas chegaram a 10,1%, acima dos 9,6% de setembro e dos 9,9% de outubro.
O cartão de crédito figurou como a principal de dívida do brasileiro, sendo apontado por 78,9% das famílias endividadas. Em seguida, aparecem os carnês (15,5%) e o financiamento de carro (9,5%).
Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Inadimplência das empresas também cresce
O volume de empresas negativadas continua em crescimento. A alta foi de 4,14% em setembro na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Apesar do aumento da inadimplência, os dados mostram que houve um pequeno recuo na quantidade de dívidas em atraso no nome de pessoas jurídicas: 0,38%.
Considerando os resultados por região, todas apresentaram crescimento no número de empresas inseridas no cadastro de negativados. Com destaque para o Sul.
A região puxou a alta de contas em atraso no último mês. O avanço foi de 6,37% na comparação com mesmo período de 2018.
Logo em seguida aparecem o Sudeste, com aumento de 5,56%, e o Norte, com 2,08%. O Centro-Oeste teve o menor avanço, com 0,73%.
Quanto ao número de dívidas, o indicador aponta que nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste foram registrados recuos de 2,55%, 2,66% e 3,94%, respectivamente.
Por outro lado, Sul e Sudeste apresentaram crescimento: no Sul houve avanço de 0,98% e no Sudeste alta de 1,02%.
As empresas inadimplentes no país encerraram o último mês de setembro com uma dívida média de R$ 5.563,06.
Pouco mais da metade (56%) possui pendências com valor superior a R$ 1.000,00, enquanto 44% têm abaixo dessa cifra.
O valor médio atual é menor do que o observado no início da série, em 2010. Ano em que correspondia a R$ 10.488,97 — descontando valor da inflação.
Indústria em ritmo lento reduz busca por crédito
Seis a cada dez empresas industriais não procuraram renovar operações de crédito ou contratar novos financiamentos no primeiro trimestre do ano. No caso do crédito de longo prazo, o percentual é de 66%.
Os juros elevados cobrados pelos bancos são o principal problema apontado pelas empresas. É o que revela o levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Em operações de curto prazo, 80% das indústrias citaram o juro como uma dificuldade.
Em segundo lugar, aparece o prazo reduzido da operação de crédito, com 36% das citações.
Nas linhas de longo prazo, entre as dificuldades apontadas pelas indústrias para obtenção de crédito estão os juros elevados, com 76% de citações.
Além das exigências, pelos bancos, de garantias reais para fechar um empréstimo, com 46% das menções.
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