sexta-feira, 17 de abril de 2020

Cheque especial: por que você deve evitá-lo?

Mesmo tendo seu uso repudiado pela maior parte dos especialistas em finanças pessoais, o cheque especial ainda é muito utilizado no Brasil. Cerca de 20% dos correntistas recorreram a ele em 2018.

A pesquisa é da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), feita em todas as capitais brasileiras. Mas afinal por que esta modalidade de crédito é tão ruim?

Você, que talvez esteja endividado e pensando em recorrer ao cheque especial, vai entender neste artigo por qual razão deve abandonar a ideia. E FinanceOne ainda apresenta alternativas para sair do vermelho.

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Modalidade tem uma das maiores taxas de juros

Para começar, o cheque especial é uma das modalidades de crédito com maior taxa de juros no país. Isso acontece porque o banco cede esse dinheiro sem pedir nenhuma garantia.

Ao contrário do que acontece com o empréstimo pessoal, por exemplo. Nesse caso, é preciso ir até o banco, negociar as condições e assinar um contrato para conseguir o dinheiro emprestado.

Mas com o cheque especial, a instituição está se arriscando mais. Logo, os juros desse tipo de crédito se tornam bem mais caros. Para exemplificar, o Serasa consumidor fez uma comparação.

Enquanto a cobrança de juros no empréstimo consignado chegava a uma média de 42,8% ao ano, no cheque especial os juros subiam para 327% ao ano, de acordo com um levantamento do Banco Central.

Sim, é verdade que isso mudou um pouco. Uma resolução aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e publicada em conjunto com o Banco Central no ano passado, limitou os juros do cheque especial a 8% ao mês.

Porém, ainda assim é um percentual de 151,8% ao ano. Além disso, Serasa explica:

“Quem é cliente Caixa teve essa redução, mas os demais bancos mantiveram os juros em alta. É mais vantajoso buscar um empréstimo do que usar o cheque especial pela praticidade.”

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Cheque especial pode ser armadilha para correntistas

Apesar dos juros assustadores, o maior problema do cheque especial, e que é comprovado com as diversas pesquisas sobre o assunto, é a facilidade de acesso a esse crédito.

O limite fica ali, disponível para que você use sempre que precisar. É fácil e prático. E essa facilidade, infelizmente, cai como uma luva no bolso do milhões de brasileiros que não têm acesso à educação financeira.

Como aponta o Serasa, o grande problema é quando você se acostuma com a facilidade de lançar mão do dinheiro com frequência. Assim fica mais fácil cair na armadilha.

E foi assim também que, em 2018, 19,5% do total de usuários do cheque especial utilizaram a modalidade de crédito em todos os doze meses do ano. E mais de 50% tomaram esse crédito em mais de seis meses.

Segundo informações divulgadas pelo Correio Braziliense, a inadimplência por causas desses juros atingiu 13,5% em abril de 2019.

Por mais que ele esteja ali, fácil de usar e aparecendo na sua conta corrente, é preciso lembrar que aquele dinheiro não é seu. É o que alerta o Serasa.

“Se acontecer, por exemplo, de chegar a data de o banco cobrar pelo uso do limite do cheque especial e você não tiver dinheiro em conta corrente para cobrir a despesa, você precisa arcar não só com os juros altos, mas também com uma multa estipulada pelo banco.”

Outros créditos podem ser mais baratos para consumidor

O importante, antes de descobrir quais são essas outras opções, é entender em quais momentos é válido pegar um empréstimo: se for para obter recursos que te permitam ganhar mais dinheiro em troca ou para quitar uma dívida (se os juros valerem a pena).

E lembre-se de avaliar também quais são todas as opções que você tem a seu dispor antes de recorrer às instituições.

Será que não é melhor vender um bem que você tenha? Ou pedir ajuda a amigos e familiares? Fazer renda extra?

Mas caso queira saber, Serasa Consumidor fez uma lista de linhas de crédito mais baixas do que o juros do cheque especial. Confira:

Empréstimo consignado – um dos mais baratos atualmente, seus juros podem variar entre 1,22% e 6,27% ao mês. De acordo com Serasa, isso acontece porque o consignado tem suas parcelas descontadas diretamente do salário, então é quase um empréstimo com garantia.

Empréstimo com garantia – esse é para quem tem um carro ou imóvel. A pessoa pode solicitar o empréstimo com garantia de bens, o que reduz as taxas de juros.

Empréstimo pessoal – esse não está entre os mais baratos, mas certamente tem juros menores que o cheque especial e pode ser uma alternativa dependendo do valor buscado. Por não ter garantias, os bancos fornecem o dinheiro a juros mais altos do que os demais, em média de 4% ao mês.

Essas são três alternativas para evitar o cheque especial e pagar menos juros aos bancos.

Empréstimo online – quem quer solicitar um empréstimo sem sair de casa e comparar para saber qual tem a menor taxa de juros, pode acessar Serasa eCred. No site, é possível comparar valor de parcelas, taxas de juros e CET (custo efetivo total).

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