quarta-feira, 8 de abril de 2020

Como reduzir os impactos da crise nos pequenos negócios?

Diversas empresas já estão começando a sentir as consequências da crise por conta do coronavírus, principalmente os pequenos negócios. Isso porque a pandemia tem impactado diretamente a economia global, causando prejuízos às empresas que já se encontram em um cenário de queda nas vendas.

Diante de tantas mudanças no cenário econômico e no comércio é comum que os donos dos pequenos negócios se sintam perdidos. Mas será que é possível minimizar os impactos causados pela Covid-19?

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Os pequenos negócios são os que mais estão sofrendo com a crise do coronavírus

Antes de você saber, é necessário ressaltar que os pequenos negócios são os que mais geram empregos, por isso a importância dessas empresas. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) eles geram 54% dos empregos formais.

Além disso, os micro e pequenos negócios representam 99% do total de empresas no país. Sendo assim, caso essas instituições venham a declarar falência ou quebrem por conta da quarentena, milhares de brasileiros serão demitidos.

Saiba como reduzir os impactos nos pequenos negócios

Para ajudar os pequenos negócios a não sofrerem tanto com os impactos da crise da Covid-19, alguns empreendedores se juntaram para dar orientações. Confira!

Redução de custos

Uma das primeiras medidas que devem ser tomadas no começo da crise pelos empreendedores é desenhar um novo planejamento orçamentário. É o que afirma o gestor da Startup SC, Alexandre Souza, que é uma iniciativa do Sebrae/SC que visa promover empreendimentos inovadores por todo o estado de Santa Catarina.

De acordo com o especialista, a crise é causada em primeiro lugar por um problema de caixa. Sendo assim, na medida em que a população se vê obrigada a ficar em casa, a tendência é que o consumo e serviços comecem a cair de forma significativa.

Por isso, deve ser levando em consideração a desaceleração das vendas, e começar a avaliar se a redução dos custos será necessária ou não. Assim como a negociação de pagamentos e a revisão de contratos.

“Durante o período de interrupção dos negócios é importante que os empresários só desembolsem dinheiro em casos essenciais e busquem repensar não só os gastos com mão de obra. Mas também os acordos assumidos com os fornecedores”, afirma Alexandre Souza.

Linha de crédito

Os pequenos negócios podem acabar precisando solicitar uma linha de crédito, até mesmo para o capital de giro, neste momento. Por isso, na visão de Fernando Salla, CEO da Effecti, startup especializada em tecnologia para participantes de licitações, o primeiro passo é olhar para o fluxo de caixa.

Depois, é necessário conter a maior quantidade de despesas possíveis, para só então começar a buscar junto aos bancos e instituições financeiras as melhores linhas de crédito disponíveis. 

É importante lembrar que alguns dos maiores bancos do país anunciaram que vão atender os pedidos de prorrogação por 60 dias. E isso vale tanto dos vencimentos de dívidas quanto de empréstimos para micro e pequenas empresas de contratos vigentes que estejam em dia.

O BNDES ainda informou que vai disponibilizar R$5 bilhões em crédito para as linhas destinadas a esses pequenos negócios.

“É importante que os empreendedores priorizem se organizar internamente, mas caso tenham a necessidade de recorrer aos empréstimo, avalie qual é a melhor opção, para não se comprometer ainda mais no futuro do negócio”, explica Fernanda. 

Ele ainda destaca a importância  do planejamento, para que quando a crise passar as empresas estejam fortalecidas e preparadas para continuar o trabalho.

Atuação conjunta

Para Jonatan da Costa, CEO da Área Central, que é uma scale up especialista em gestão de redes associativas e centrais de negócios, atuar em redes associativas pode ser a luz no fim do túnel para que os lojistas consigam enfrentar a crise.

O CEO afirma ainda que, quando unidos em grupos associativos, os empreendedores têm mais força, conseguem reduzir os custos. Além de realizar boas práticas e aumentar o poder de barganha com os fornecedores.

“Esse modelo de negócio permite empoderamento aos mais diversos segmentos, e em tempos de crise é um diferencial competitivo importante. Eles conseguem entrar no páreo de forma mais justa com grandes players do mercado. A tecnologia vem para agregar à gestão dessas entidades, automatizando negociações e centralizando dados.”

E-commerce com delivery

O setor de bares e restaurantes foi um dos primeiros a ser atingidos pelos impactos econômicos provocados pelo coronavírus no país.

Para Mateus Bodanese, CEO da myTapp, startup especializada em soluções para o mercado cervejeiro, uma das formas de amenizar as perdas é apostar nas vendas de e-commerce com delivery.

O serviço pode ser mediado com os clientes por meio de aplicativos como Whatsapp, Facebook e Instagram. Além disso, a entrega pode ser realizada por meio de motoboys independentes ou grandes players de entrega, como o iFood, Uber Eats, Rappi, entre outros.

As empresas do setor anunciaram medidas que ajudam os pequenos negócios, como por exemplo, o recebimento de pagamentos diários pelas vendas realizadas, isenção de taxas e até algumas entregas grátis para micro e pequenas empresas.

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